NOTÍCIAS

Memorial homenageará Hélio Moro Mariante, ex-ocupante da Cadeira 21

28 de dezembro de 2018

(Texto de Ricardo Chaves para o Jornal Zero Hora)

O coronel Mariante, historiador da Brigada Militar, completaria 103 anos em 21 de dezembro. Natural de Caxias do Sul, ele nasceu em 1915, filho do guarda-livros e professor Teotônio Mariante Filho e de Cristina Moro Mariante. Em 1933, aos 17 anos, o jovem Mariante ingressou na Brigada Militar. Formou-se soldado, fez o curso de cabo e não demorou a fazer o de sargento. Em 1942, iniciou o Curso de Formação de Oficiais (CFO), no mesmo local em que hoje se encontra a Academia de Polícia Militar. 

Como cadete da Brigada, Mariante assumiu sua vocação em assuntos literários, semeando entre os alunos oficiais atividades de fomento cultural. Destaca-se, em 1947, como tenente, ao propor ao coronel Walter Peracchi Barcelos, então comandante-geral, a criação do Museu da Brigada Militar. 

Em 1955, o capitão Mariante inaugura o museu da corporação, no próprio QG da BM. Em setembro de 1987, o acervo é transferido para o prédio da linha de tiro, no complexo da Academia da BM, na Avenida Aparício Borges, onde ficou até 2000, quando voltou para o QG, na Rua dos Andradas, 498, no Centro Histórico, onde pode ser visitado pelo público. Sempre participativo, atuou junto aos próceres que fundaram o Movimento Tradicionalista Gaúcho. Também se engajou entre os membros do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, sendo o primeiro presidente. 

Pela vasta produção histórica e literária, foi convidado a ingressar na Academia Rio-Grandense de Letras e tornou-se secretário-geral dos imortais gaúchos ao longo de muitos anos. Igualmente, assumiu a secretaria geral do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, sendo reconduzido ao cargo diversas vezes. Tornou-se presidente do Círculo de Pesquisas Literárias do Rio Grande do Sul e foi vice-presidente do Instituto de História e Tradição do Rio Grande do Sul e da Cruz Vermelha Brasileira.

Adesguiano de 1968 e formado em História pela UFRGS em 1972, é autor de livros publicados por diversas editoras brasileiras. Entre eles, Crônica da Brigada Militar, lançado em 1972. A vida e a obra de Hélio Moro Mariante honra a todos os gaúchos, a Brigada Militar e o Brasil.

O coronel Mário Yukio Ikeda, que acaba de ser confirmado como comandante-geral da Brigada Militar, aprovou, recentemente, a criação de um memorial na Academia de Polícia Militar do Rio Grande do Sul, em homenagem ao seu patrono, coronel Hélio Moro Mariante. 

O coronel Ikeda almeja que a memória viva de Mariante continue inspirando os atuais e futuros brigadianos que honram as melhores tradições da Brigada Militar em bem servir e defender incondicionalmente a vida e o patrimônio do povo gaúcho. 

Colaboração de Aroldo Medina, pesquisador, tenente-coronel e militar reformado da Brigada Militar.

 

arlarlarlarl

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 36

Lindolfo Collor

Lindolfo Collor nasceu em S. Leopoldo, em 4.2.1890 e faleceu no Rio de Janeiro, em 21.10.1942. Era filho de João Boeckel e de Leopoldina Schreiner Boeckel. Sua mãe enviuvou e contraiu novas núpcias. Lindolfo adotou o sobrenome Collor do padrasto.

Lindolfo Collor estudou o primário na Barra do Ribeiro, RS, e o secundário na escola do professor Emílio Meyer, em Porto Alegre. Diplomou-se em Farmácia, em Porto Alegre e na Academia de Altos Estudos Sociais e Econômicos do Rio de Janeiro, em 1922

Em 1908 trabalhou como jornalista em Bagé e depois dirigiu o Correio...

continue lendoCONTINUE LENDOcontinue lendo